Comunicação Interna

Saúde Mental precisa estar no escopo da Comunicação Interna

Você talvez ainda não tenha se atentado para isso, mas a saúde mental é um tema que também deveria estar no escopo da comunicação interna (e não só da segurança/medicina do trabalho).

Vamos aos dados: segundo o “State of the Global Workplace 2023” da Gallup, a má comunicação está entre os maiores geradores de estresse no ambiente corporativo. Interessante não é?

Quando falamos sobre incluir a saúde mental na comunicação interna, não se trata apenas de falar sobre o tema. É claro que é importantíssimo falar sobre, produzir conteúdo que aborde o tema sempre tem relevância.

Mas para além disso, incluir saúde mental no escopo da comunicação é sobre construir relações de segurança. Afinal, se a comunicação interna falha em transmitir as mensagens que fazem sentido para os objetivos e metas da organização, o que sobra são ruídos. E ruídos geram insegurança. Sabe, aquela famosa “Rádio Peão”?

post comunicacao e saude mental

Quantos comunicados internos da sua empresa falam sobre produtividade? E quantos falam sobre saúde emocional?

Comunicação interna também constância. E transparência. Ambientes onde todos são comunicados, e sentem que estão de alguma maneira contribuindo para o coletivo, tendem a se tornar bem mais colaborativos e harmoniosos. E adivinha o que ambientes assim proporcionam? Bingo! Saúde Mental.

E adivinha o que colaboradores com saúde mental estável se tornam? Bingo de novo! Mais produtivos.

Veja que, apesar de ser uma área que em muitas empresas,  ainda padece de investimento e atenção, a comunicação interna pode atuar como ferramenta de prevenção.

Vamos com mais dados?  Um estudo da FGV que mostra que empresas que mantêm campanhas internas regulares sobre saúde mental reduzem em até 30% os afastamentos por questões psicológicas. E tem mais: essa mesma pesquisa indica que na percepção da maioria dos entrevistados, as empresas não implementam nem comunicam oito dos 12 benefícios listados como prioritários. É o caso de programas completos de saúde mental com atendimento psicológico por exemplo. 

Mas é preciso dosar.

O excesso de informação também pode ser bastante prejudicial. Sobrecarregar as pessoas acerca de um determinado tema também pode causar uma sensação de estresse e gerar prejuízos para saúde mental.

O papel da comunicação é também dosar. Escolher bem os temas, os meios e mensagens que serão transmitidas faz parte desse processo. 

E é aqui que entra o trabalho estratégico. A comunicação interna precisa assumir um papel mais propositivo, saindo do modo “distribuidor de recados” e entrando no modo “curador de experiências”. Isso significa que cada mensagem precisa ser pensada não apenas pelo conteúdo, mas pelo impacto que ela causa. Como ela chega? O que ela sugere? O que ela desperta?

Em tempos onde ansiedade, burnout e sobrecarga emocional viraram assuntos cotidianos dentro das empresas, tratar a saúde mental como prioridade estratégica é uma necessidade. E sim, isso passa — e muito — pela maneira como a comunicação é feita no dia a dia.

Um e-mail pode ser só um e-mail. Ou pode ser o gatilho que faltava para alguém se sentir cobrado, isolado, inseguro. Um comunicado mal escrito, uma mensagem truncada ou uma liderança despreparada para comunicar pode gerar mais estresse do que qualquer meta desafiadora.

E o oposto também é verdadeiro: um bom fluxo de informação, mensagens claras e coerentes com a cultura da empresa, canais acessíveis e lideranças bem orientadas podem transformar o clima organizacional. E isso impacta diretamente o bem-estar das pessoas.

Portanto, se você atua com comunicação interna, é essencial estar sempre ampliando o seu olhar. Não se trata só de reforçar datas comemorativas ou campanhas de endomarketing. Trata-se de entender que comunicação é cultura. E cultura molda comportamento.

Uma empresa que comunica bem, escuta com atenção e promove conversas seguras está, sim, cuidando da saúde mental dos seus colaboradores. Está prevenindo afastamentos, reduzindo conflitos, aumentando o engajamento e construindo um ambiente mais humano.

No fim das contas, saúde mental nas empresas também se faz com palavras bem escolhidas, com clareza, com escuta ativa e com coerência entre discurso e prática.

E isso — adivinha? — é papel da comunicação interna.


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Referências:
Pesquisa FGV: https://eaesp.fgv.br/noticias/pesquisa-mostra-como-empresas-cuidam-saude-mental-seus-funcionarios

Gallup: https://www.gallup.com/workplace/349484/state-of-the-global-workplace.aspx